Desde essa época eu já era incumbida da tarefa de decorar carrocerias de caminhão, com o movimento gótico da vírgula, sob a orientação de meu pai, “Sr. José Brás”, que usava uma linguagem simples traduzida através de gesto e som. Enérgico, mas incentivador. Achava lindo tudo o que eu pintava e chamava as pessoas para me verem pintar. Eu morria de vergonha!!!!! Com o decorrer do tempo a paixão pelas cores, a sensibilidade de encontrar o belo em coisas tão simples, foi me aproximando cada vez mais do mundo da arte. De forma não premeditada comecei a ensinar o pouco que sabia sem técnicas definidas e método nenhum. A dificuldade de cada aluno só fazia acrescentar o meu saber. Alguém me falou certa vez que “pintor de tudo, mestre de nada”. O que me faz discordar desta frase é a certeza de que “sábio é aquele que aprende constantemente e o tolo é aquele que sabe tudo”. Nunca dei respostas como “não sei”, “não posso”, “não tenho tempo”. Isso me levou a “pintar” e não “o que pintar”. Depois de viajar mais de 376 mil km de carro, fora avião e ônibus, percebi que eu precisava atingir um público maior. Foi quando lancei sob muita dificuldade a revista “Magia da pintura sobre tecidos”. Até então, no Brasil só se comprava material direcionado a pintura em porcelana o qual evidentemente trazia somente linguagem para tal. Depois de minha estada no programa “Note Anote”, já cansada de tantos “nãos” das editoras, publiquei o primeiro material didático no Brasil, para pintura com “Método Biônico” sobre tecidos. O mais gratificante foi a aceitação do Método Biônico, pois o mesmo provou que se você aprendeu a pintar uma folha no tecido, o que a impede de fazê-la na tela, ou na porcelana? O artista já nasce feito, mas quantos artistas vi nascerem através da força de vontade acoplada ao meu Método Biônico. Espie aqui alguns dos movimentos que o compõem.
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